31 de janeiro de 2014

Desde ontem eu olhava para o meu saquinho de damascos secos e, apesar de ainda pretender fazer o bolo, algo me pedia uma coisa mais puxada para sobremesa, um docinho para depois da refeição... Foi aí que lembrei da palha italiana. A versão original desse docinho (que, apesar do sobrenome europeu e de uma certa influência de um parente italiano chamado salame di cioccolato, é tipicamente brasileiro) é feita com massa de brigadeiro e biscoito, aqui resolvi mudar um pouquinho as regras, e o resultado foi essa delícia com contrastes de sabor e texturas : o doce brigadeiro branco e o leve azedinho do damasco, parte cremoso e parte crocante e douradinho por dentro. O único problema é que não importa quantas receitas são feitas, parece que nunca é o suficiente... 

Ingredientes:
  • 1 caixinha de leite condensado 
  • 2 colheres de manteiga 
  • 1/2 xícara de damascos secos picadinhos (de preferência, bem fresquinhos ainda)
  • 1 1/2 de bolacha maisena triturada grosseiramente
  • açúcar impalpável (para cobrir)

1. Leve ao fogo o leite condensado e a manteiga, mexendo até dar o ponto de brigadeiro mole. 
2. Junte o damasco picadinho, deixe engrossar mais um pouquinho e misture as bolachas. 
3. Despeje em um refratário untado com manteiga e deixe esfriar e leve à geladeira. 
4. Depois de frio, corte, passe no açúcar e prontinho! Agora é só devorar!


29 de janeiro de 2014

Desde que eu li aquele livro de Ervas e Especiarias meu sensor de compras anda mais afiado ainda... Ontem fui a uma loja de produtos naturais (e aqui em Maringá tem várias, Hallelujah!) com uma amiga e, enquanto me divertia percorrendo as prateleiras, encontrei umas coisinhas bem interessantes - para começar,  comprei os damascos que eu queria para fazer geleia para o recheio do bolo que eu quero fazer; encontrei também pimenta da Jamaica e acabei levando para casa também um pouquinho de arroz arbóreo (sem falar em um saco de bala de banana, nada natural...). Adoro passear por mercados e lojas de produtos naturais, é sempre uma ótima oportunidade para descobrir novas coisinhas e atacar a criatividade! 

Ingredientes:
Pimenta moída na hora!
  • 2 xic. arroz arbóreo
  • 4 xíc. água
  • 1/2 xíc. funghi secchi (usei o chileno)
  • 8 bolinhas de pimenta da jamaica
  • 2 xíc. queijo gruyère
  • 1/2 cebola branca picadinha (ou da dourada, sem problemas)
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • azeite
  • sal
1. Ferva a água e coloque em um recipiente com o funghi (ja lavado rapidamente) e deixe de molho por 20 minutos para hidratá-lo. Separe o funghi e reserve a água. 
2. Em uma panela já aquecida, coloque a manteiga e um fio de azeite. Doure a cebola e depois acrescente o arroz e refogue-o.
3. Salgue o caldo que foi usado para hidratar o funghi - tome cuidado, pois o queijo que será adicionado depois já é salgado.
4. Adicione o caldo ao arroz aos poucos: coloque uma concha do caldo e deixe cozinhar, quando secar, acrescente mais uma concha, até atingir o ponto.
5. Junte o funghi picadinho, moe a pimenta e junte também ao risoto - não compre especiarias já moídas, pois elas perdem as propriedades rapidamente, e às vezes outras coisas vem misturadas. Deixe o risoto no fogo por mais uns minutos, adicione o queijo e misture bem até ficar uniforme. Desligue e sirva imediatamente! Se preferir, use apenas 3 xícaras de agua para fazer o caldo e junte também uma xícara de vinho branco seco - aproveite e use o vinho para servir com o risoto!


28 de janeiro de 2014

Estar sozinha em casa - como eu sempre digo por aqui - é uma excelente oportunidade para testar coisas diferentes para as quais normalmente minha irmã torceria o nariz - como qualquer outra parte do frango que não seja apenas o peito.
Por isso decidi abusar da criatividade e sair por aí testando novas combinações e sabores. Foi assim que eu tentei juntar o temperinho lemon & pepper (casca ralada e tostada de limão com pimenta do reino) com o cream cheese. O cream cheese ajuda a suavizar a pungência da pimenta e realça o sabor do limão... tudo isso com um frango suculento... hummm...

Ingredientes:
  • 4 coxas com sobrecoxas de frango desossadas, limpas de gordura, sem pele e cortadas em tiras
  • casca ralada de 3 limões (usei o Taiti) 
  • uma colher (chá) de pimenta do reino em pó
  • 2 colheres (sopa) de saquê mirin
  • 200g de cream cheese
  • 1/2 xíc. de champignon laminado
  • 1/2 xíc. pimentão vermelho em cubinhos
  • sal
  • azeite

1. Tempere o frango com as raspas de limão, pimenta e sal, e deixe marinar por 30 min - Apesar de normalmente o lemon & pepper usar as raspas já tostadas, eu preferi usá-las cruas e deixá-las tostar durante o cozimento do frango. 
2. Em uma frigideira grande e de fundo grosso, coloque um filete de azeite e coloque o frango. Deixe fritar bem até estar cozido, acrescente o saquê e deixe dourar. 
3. Acrescente o champignon, o pimentão e coloque em um refratário. Cubra com o cream cheese, leve ao forno para uma leve gratinada por 20 minutos e prontinho!


13 de janeiro de 2014

Muitas vezes eu penso que o sabor da comida e dos alimentos em geral é mais emocional do que qualquer outra coisa. É claro que os aspectos culturais também influenciam muito - o nosso churrasco de espeto corrido e pedaços gigantes de carne pode ser suculento para nós e loucura nacional, mas para muitos asiáticos ele é um tanto nojento; comer pequenos escargots, caracóis molengos e esponjosos, é uma iguaria na França, mas nada atrativo para nós... Mas ainda assim, o que explicaria a comida de mãe e de vó ser tão boa? Mesmo aquelas que mal sabem fritar um ovo, se elas fizerem isso com carinho, será o melhor ovo frito do mundo! É por isso que eu nunca consigo fazer o arroz branco igual ao da minha mãe, nem a massa de macarrão igual ao meu pai... 

É comum aparecer por aqui receitas que meus pais faziam, e eu sempre acabo contanto um pouco dessa minha relação com eles. Hoje eu trago mais uma - uma receita desenvolvida pelo meu pai, tradicional em todo almoço e ceia de família no final de ano. Meus tios e minhas tias tentam fazer igual, e apesar de ficar delicioso, eu sempre olho com aquela carinha e penso - o dele era especial!

Lembro de todas as vezes que ele ia fazer, eu acabava angariada na marra como ajudante - vamos lá, para uma criança às vezes era muito mais legal brincar do que ajudar em casa, principalmente com um pai todo metódico. Acabei aprendendo e sabendo de cor, sem nunca ter realmente feito.Hoje resolvi tentar fazer sozinha. Se quiser, dá para fazê-lo um dia antes e deixar na geladeira - a carne pega ainda mais o tempero. Pode já deixar assado durante o dia e depois na hora de servir levar ao forno de novo, para esquentar. 

Ingredientes:
  • 1,5 kg de carne moída (de patinho limpo, para ficar bem sem gordura, bem limpa)
  • 1 cebola 
  • 3 dentes de alho 
  • 200g de presunto fatiado
  • 200g de muçarela fatiada
  • 1/2 lata de milho verde 
  • 2 ovos cozidos picadinhos
  • 1 ovo para misturar na carne (para dar liga e não trincar ao assar)
  • 1 cenoura grande cortada em fatias
  • 10 vagens
  • sal
  • 1 saquinho plástico (daqueles transparentes)
Sem querer pus primeiro o queijo e depois o presunto...
1. Triture no processador a cebola e os dentes de alho. Misture à carne, acrescente o ovo, tempere com sal e reserve.
2. Cozinhe a cenoura e a vagem até estarem macios. Reserve.
3. Estique o saquinho plástico sobre a mesa - ele vai ajudar a dar o tamanho do rocambole e também ajudará a enrolar. Espalhe a carne sobre o saquinho, deixando uma margem sem a carne para facilitar enrolar. Pressione bem a carne, para depois ela não rachar. 
4. Faça uma camada de presunto sobre a carne, e depois outra de queijo (ou o oposto, sem problemas).
5. Faça fileirinhas de cenoura, vagem, e entre elas coloque o ovo picadinho e o milho. 
6. Agora é só enrolar bem firme! Cuidado com o sentido: as cenouras e vagens devem estar na horizontal! Arrume as pontas, se preciso coloque um pouco mais de carne para dar acabamento.
7. Leve ao forno coberto por papel alumínio por 20 minutos. Descubra e deixe por mais 25 minutos e prontinho! Na hora de servir, curte com uma faca de serra ou faca elétrica, para não despedaçar inteiro. Fica ótimo com arroz branco e salpicão. Normalmente meu pai colocava também umas fileiras de bacon fatiado já fritinho... ficava maravilhoso! Eu acabei não colocando, pois minha irmã não gosta de bacon.

Olha o queijo derretido... o colorido dos legumes... e o presunto ainda deixa a carne levemente rosada... HUMMMM!!!

9 de janeiro de 2014

Olá pessoal, desculpe a falta de atualização aqui no blog, mas estava passando uns dias de férias na casa da minha mãe - ou seja, nada de cozinhar (afinal, comida de mãe é a melhor que tem e é óbvio que nas férias eu vou querer comer a da minha rs). Nesse período aproveitei também para colocar algumas leituras em dia - ou pelo menos estava com a esperança de fazer isso. Larguei o laptop em casa, trouxe apenas o tablet, e 5 livros na mala... 
Um dos livros que foi comigo é esse sobre o qual vou falar hoje. Já há certo tempo ele tem andado comigo para todos os lugares, pois aproveito cada segundinho de folga para ler. Comprei-o já faz uns dois meses, e mesmo não sendo muito baratinho, acho que foi um dinheiro bem investido. 
O livro apresenta em linguagem simples algumas ervas bem interessantes (já selecionei algumas para procurar nos viveiros) e suas variações - nunca imaginei que existissem tantas variedades de hortelã e manjericão! São cerca de 120 ervas e especiarias, e o conteúdo é trabalhado de forma simples e introdutória - ou seja, para quem, como eu, conhece pouco sobre as ervas e quer ter uma ideia geral. Um bom primeiro passo para iniciantes, que depois pode ser aprofundado com outro material. São mostrados os aromas e sabores característicos de cada erva ou especiaria, as origens, como normalmente são empregados na culinária, com que combina, onde são essenciais, quais partes de cada planta que devem ser utilizadas, similitudes, e como plantar ou colher, além de algumas receitinhas clássicas ou não (como o bouquet garni, várias formas de massala, o pó de cinco especiarias chinês, o pesto...). Adorei também que cada planta tem seu nome popular e o científico, para facilitar na identificação. Adorei o livro a tal ponto que agora não posso ver uma árvore pela frente que já dá vontade de morder para ver se pode ser usada como condimento rsrs 

Compensa comprar? Sim, principalmente se você quer ter uma ideia geral! Talvez nem tanto se você quer algo mais aprofundado... A qualidade da impressão é algo a parte: capa dura, papel de qualidade, com fotos lindas (segundo minha irmã, só faltou aquele mecanismo de esfregar a página para sair o cheio rsrs). E apesar de ser um livro claramente estrangeiro (uma pena que não aparecem muitas plantas originalmente brasileiras), no final há uma lista de lugares aqui no Brasil em que se pode comprar as ervas e as especiarias. A linguagem é fácil, e o valor fica entre 40 a 65 R$, dependendo da loja. 

Autora: Jill Norman / Editora: Publifolha / 366 pág. / Publicado no Brasil em 2012






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