19 de dezembro de 2013

Quando eu ainda morava com meus pais eu não via a hora de sobrar carne do churrasco para que a noite meu pai fizesse arroz carreteiro - e ele fazia aquele arroz marronzinho, soltinho... e que delícia que ficava com salada de repolho cru e ovo frito!
Nunca consegui fazer arroz igual ao dele. Meu pai sempre brincava que o tempero vinha da graxa das mãos dele (ele era mecânico, e um ótimo mecânico! Mas nada de graxa nas mãos,  ok!), mas acho mesmo que era todo o charme e a ginga de quem casou sem nem saber como fritar ovo e depois virou um excelente cozinheiro e que adorava o que fazia. acho que essa minha curiosidade na cozinha veio dele, assim pelo gosto e felicidade de fazer o que gosta.
Como nunca consegui fazer igual, acabei desenvolvendo a minha própria receita - diferente, porém também maravilhosa. É essa que eu fiz hoje e trouxe para vocês. 

Ingredientes:
  • 1 xíc. carne assada de churrasco (usei alcatra limpinha) em cubos
  • 1 xíc. de arroz (tipo agulhinha, aquele comum, não é arroz para risoto!)
  • 2 xíc. de água fervendo
  • 1/3 xíc. de ervilhas
  • 1 talinho (mais ou menos 15 cm) de aipo/salsão picadinho
  • 1 colher (chá) de páprica doce (se quiser mais apimentado, troque pela paprica picante)
  • 1 dente de alho picadinho
  • 1/2 cebola pequena picadinha 
  • 2 colheres rasas (sopa) extrato de tomate
  • sal a gosto
  • cebolinha 
  • 2 colheres rasas de manteiga
1. em uma panela já aquecida,  coloque a manteiga, o alho e a cebola. Deixe dourar e acrescente o aipo, a carne, sal a gosto e o arroz. Frite tudo junto até ficar soltinho. Se você usar arroz lavado, deixe secar antes que ele ficará mais soltinho. 
2. Depois de bem frito, junte o extrato de tomate, a ervilha e a água.  Misture bem e deixe até que o arroz esteja cozidinho. Daí é só jogar a cebolinha por cima e servir!


16 de dezembro de 2013

Aquela massinha fininha, macia e sequinha, enrolada ou em leques (no caso das doces que eu faço), com um recheio delicioso... desde criança as panquecas atiçam o meu apetite. Lembro que minha mãe sempre fazia de carne moída - a massa fininha e a carne sequinha, sem molho, e ficavam maravilhosas! Depois de crescidinha, aprendi a fazer minhas próprias panquequinhas, e fui desenvolvendo receitas e recheios, técnicas de jogar a massa na frigideira e de virá-la jogando para cima. 

E uma dessas minhas receitinhas que ficaram bem famosas aqui na família (tanto que vez ou outra o pessoal acaba se reunindo só para que eu faça as panquecas) é com um recheio de legumes. Como há alguns vegetarianos na minha família, essa acaba sempre sendo uma boa opção quando eles aparecem para almoçar ou jantar.

Ingredientes:
  • 4 ovos
  • 2 xíc. farinha de trigo
  • 2 colheres (sopa) amido de milho
  • 2 xíc. leite (usei um que é zero lactose, mas qualquer leite serve)
  • 2 batatas médias picadinhas
  • 2 cenouras médias picadinhas
  • 1/2 xíc. de milho 
  • 1/2 xíc. de ervilha
  • 1/3 xíc. azeitonas picadinhas
  • 1 xíc de molho de tomate
  • 1/2 cebola picadinha
  • 2 colheres de creme de leite
  • sal 
  • orégano
  • ervas finas
  • azeite
1. Coloque a batata e a cenoura cozinhar com um pouquinho de sal até ficarem macias. Reserve.
2. Refogue a cebola no azeite, acrescente a batata e a cenoura cozidas, o milho, a ervilha e a azeitona. Misture delicadamente, para não amassar os legumes e acabar fazendo papa.
3. Coloque o molho de tomate, regule o sal e tempere com orégano e as ervas finas. Deixe o molho reduzir, adicione o creme de leite (ele deixará o molho mais suave) e desligue. Reserve.
4. Bata os ovos, a farinha, o leite e o amido no liquidificador. Adicione uma pitadinha de sal na massa. 
5. Para fritar a massa é necessária uma boa frigideira antiaderente. Com a frigideira inclinada, despeje um pouco de massa na parte superior e deixe escorrer, girando a frigideira para que a massa se espalhe totalmente. Quando estiver com as bordas tostadinhas e desgrudando, está na hora de virá-la. 
6. Depois da massa frita, basta colocar um pouco do recheio e enrolar. Se preferir, pode cobrir com um pouco de molho - eu preferi deixar sequinha por fora e suculenta por dentro. Fica maravilhoso também fazer uma camadinha de requeijão antes de colocar o recheio!
As minhas ficaram um pouco mais amarelinhas, pois coloquei uma colherinha de açafrão na massa... dá para usar também legumes ou verduras liofilizados (cenoura, beterraba, couve, espinafre...)

11 de dezembro de 2013

Imagina uma carne de frango douradinha por fora e suculenta por dentro... e se eu te falar que é possível fazer isso com o peito do frango, que muitos reclamam ser uma carne seca? E ainda fica com um sabor incrível,  suave, e recheadinho? Essa é a minha receitinha de hoje: peito de frango recheado com presunto e queijo.

Ingredientes:
  • 1 peito de frango grande, bem alto
  • 1 colher (sopa) de mostarda de Dijon
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • 1 colher (chá) de mel
  • 6 fatias de presunto (dependendo do tamanho do seu frango)
  • 2 cubinhos de queijo processado (se você usar a muçarela normal, ela derreterá e ficará puxa-puxa, com o processado ficará um creme de queijo no meio)
  • ervas de Provence

1. Corte o peito de frango desossado e sem pele ao meio, separando os dois lados. Pegue cada metade e, com uma faca pontiaguda e bem afiada,  faça um corte, abrindo um buraco até o final, mas sem abrir o fundo ou as laterais.
2. Misture a mostarda, a manteiga,  mel, sal a gosto e uma pitadinha das ervas. Espalhe por dentro e por fora do frango e deixe pegar o tempero por 40 minutos ou mais.
3. Coloque uma parte do presunto, um cubo de queijo processado e a outra parte do presunto. Coloque em uma forma e pincele com o resto da mistura de mostarda e manteiga. Salpique mais um pouquinho das ervas de Provence por cima e leve ao forno até que esteja douradinho.

O queijo ficou cremoso... se preferir que ele fique puxa, é só usar a muçarela convencional

9 de dezembro de 2013

Uma das coisas pelas quais sou louca é a massa pobre... a sensação da massa esfarelando na sua boca e depois derretendo, o sabor suave que é complementado com o sabor do recheio... huummm
E essa massa foi por um bom tempo a minha frustração. Testava uma receita, nada... testava a outra, ficava uma delícia, mas com cara horrorosa... Precisei entender como que funciona a reação da gordura gelada com a farinha para finalmente conseguir acertar. E que delícia fica! 
A receita de hoje leve essa massa e, apesar das mudanças e adaptação, segue a ideia de como um quiche deve ser: ovo na massa e no recheio. Fácil de preparar, só tome cuidado com os detalhes...

Ingredientes:
  • 3 xíc. farinha de trigo peneirada
  • 200g de manteiga sem sal gelada (um pacotinho de manteiga em barra)
  • 1/2 xíc. de água gelada (super gelada)
  • 2 ovos
  • 1 caixinha de creme de leite
  • 250g de presunto cortado em cubinhos
  • 1/2 xíc. aipo picadinho
  • 1/2 xic. cebola picadinha
  • 100g de requeijão
  • 120g de cogumelos champignon
  • 1/2 lata de ervilha
  • 1/2 colher (chá) de sal (para a massa... o do recheio é a gosto)
  • orégano
  • pimenta branca moída
  • noz moscada
1. Em uma vasilha, coloque a farinha, 1/2 colher (chá) de sal, e misture. 
2. Corte a manteiga em cubos para facilitar, e coloque na farinha. Misture com as mãos até virar uma farofinha. 
3. Acrescente uma gema de ovo (só a gema... separe a clara para o recheio) e a água super gelada. Misture até ficar homogêneo, cubra com filme plástico e leve para a geladeira por no mínimo 30 minutos. Eu deixei a massa por 40 minutos no congelador - ela fica um pouco dura para abrir, mas como estava muito calor, preferi assim.
4. Junte a clara que restou da massa com o outro ovo, e bata na batedeira até virar um creme. Reserve.
5. Combine o creme de leite com o requeijão, tempere com orégano, pimenta branca moída, noz moscada e sal a gosto. Acrescente a cebola, o aipo, o presunto picado, ervilha e os cogumelos laminados. Depois, junte delicadamente com os ovos batidos. Reserve. 
6. Abra a massa em uma forma própria para quiche ou então em uma forma de aro removível. Eu gosto de forrar o fundo da forma com papel manteiga, mas não é preciso untar, pois vai bastante manteiga na massa. Cubra o fundo e as laterais da assadeira com a massa, coloque o recheio e leve ao forno até que a massa esteja douradinha e o recheio gratinado. E voilà! O recheio fica leve, airado, saboroso...




6 de dezembro de 2013

Hoje minha irmã foi viajar para uma congresso e tive o almoço todo para mim - o que é uma coisa muito boa. Já no momento em que ela me falou que não estaria aqui, mil possibilidades de pratos e coisinhas saborosas que eu amo mas que ela detesta ou não pode comer, então nunca posso fazer -boa parte delas incluindo queijos, cogumelos, carnes, bacon... e esso prato de hoje saiu dessa mente criativa e estômago guloso. Milares de pensamentos e possibilidades passavam pela minha mente... e se eu usar isso? E temperar com aquilo? Humm, mas acho que, se eu fizer assim, ficará ainda melhor... Então aqui vai a receita de hoje,  em minha homenagem... frango cremoso, gratinado, com funghi secchi, ervilhas e provolone... e muito saboroso!!!

Ingredientes:
  • 500g de peito de frango
  • 1/2 cebola picadinha
  • 1 dente de alho picado
  • 1 1/2 caixinha de creme de leite
  • 200g de requeijão (eu usei um que era tão grosso que era até ruim de tirar do saquinho... cuidado para não usar daqueles que tem adição de amido,  comida de qualidade é feita com ingredientes de qualidade!)
  • 1/3 xicara de funghi secchi (usei o chileno)
  • 1 latinha de ervilhas
  • 1/2 xic. de queijo provolone em cubos
  • orégano
  • ervas de Provence
  • noz moscada
  • azeite
  • Sal
1. Coloque o cogumelo lavadinho de molho em água fervente para hidratar. Reserve.
2. Doure a cebola e o alho no azeite. Acrescente o frango, salgue e deixe refogar. Quando o frango começar a mudar de cor, de um toque com pitadinhas de orégano e ervas de Provence (cuidado com essas... use uma pitada bem pequena,  pois é um conjunto forte de ervas e pode ficar muito acentuado e roubar o gosto do resto).
3. Quando o frango já estiver douradinho, acrescente o creme de leite e misture bem, para pegar e dissolver toda aquela borra da panela. Deixe reduzir.
4. Adicione o requeijão, misture bem, até dissolver. Deixe engrossar um pouco mais e desligue. Reserve.
5. Escorra o funghi e corte-o em pedacinhos com mais ou menos 1, 5 cm. Você pode salvar a água que usou para hidratar para temperar outros pratos.
6. Junte o funghi, as ervilhas e os cubinhos de provolone ao frango. Coloque em um refratário, salpique orégano e noz moscada por cima e leve ao forno até gratinar a superfície. fica ótimo com um arroz branco!



2 de dezembro de 2013

Essa é uma daquelas saladas super fáceis de fazer, com cara de casa de vó, e que ganham a gente pelo sabor e pela textura. Imaginem: o crocância do repolho, com a maciez do cogumelo... o sabor levemente adstringente do pepino com o adocicado das passas... Sensações diferentes que combinam super bem e ainda são ricas em vitaminas e nutrientes para o seu dia-a-dia - e ainda vem acompanhados de um molho (nem tão light) que completa, sem se sobrepor ao gosto dos vegetais... huumm...

Ingredientes: 
  • duas xíc. de repolho cortado em tirinhas bem fininhas
  • 1/2 lata de milho verde escorrido
  • 1/2 xíc. de passas (as minhas ainda estavam fresquinhas, então não precisei hidratá-las)
  • 3/4 xíc. de pepino japonês picado em cubos (com casca e tudo... use o japonês pela crocância e por liberar menos água)
  • 4 ou 5 cogumelos champignon laminados
  • 2 colheres (sopa) maionese
  • 3 colheres (sopa) creme de leite
  • 1 colher (café) de azeite
  • orégano
  • sal

1. É só formas as camadas: deite o repolho, cubra com o milho, o pepino, as passas e, no final, os cogumelos. 
2. Para o molhinho, misture a maionese, o creme de leite, o azeite, orégano e sal. Bata com um fouet até formar um creme liso. Eu deixei em um recipiente separado, para cada um colocar a quantidade que quiser, mas, se preferir, você pode já servir com o molho misturado.


25 de novembro de 2013

Essa salada é uma das coisas mais simples e mais deliciosas que se pode imaginar! Originária de Capri, ilha no litoral oriental da Itália - no golfo de Napoli, para ser mais preciso - ela conta com ingredientes bem típicos da cozinha caseira da Itália: tomate, manjericão, azeite e a mozzarela di bufala (especialidade da região de Napoli). Não há grandes segredos, apenas se deve ter um carinho todo especial pelos ingredientes... o tomate deve estar maduro, mas firme; o manjericão deve estar fresco; o azeite extra virgem, de qualidade; e deve-se usar mozzarella di bufala, e não queijo amarelo feito com leite de vaca. 

Originalmente, essa salada é temperada apenas com azeite, orégano e, se desejado, uma pitada de sal na hora de servir, para não soltar o suco do tomate. Mas é muito comum vê-la por aí acompanhada de aceto balsâmico, mas isso é mais americano do que italiano. E essa combinação singela gera um efeito tão bom nas papilas gustativas (e também nas narinas rs) que acaba indo parar também em pizzas, massas... Na região de Napoli é comum encontrá-la também como insalata tricolore, tendo essa versão muitas vezes a adição de abacate.


Ingredientes:
  • 2 bolas grandes de mozzarella de bufala (se usar das pequenas, coloque metade para cada fatia de tomate)
  • 2 tomates maduros e firmes (os meus eram pequenininhos, daqueles italianos compridinhos)
  • um punhado de manjericão fresco
  • azeite de oliva
  • sal

1. Para fazer e montar é super simples: corte o tomate em rodelas não muito finas (com mais ou menos 7mm). Faça o mesmo com a mozzarella, caso você tenha adquirido daquelas que vem em bolas grandes. Se for em bolinhas, pode só cortar ao meio mesmo ou então deixar sem cortar. Intercale o tomate, a mozzarella e as folhas frescas de manjericão. Depois é só regar com azeite e salpicar orégano! Caso queira um pouco de sal, deixe para colocar na hora de comer, para não fazer o tomate soltar água.  

Um sabor suave que preenche toda a boca... hummm...

23 de novembro de 2013

Minha loucura por livros está levando minha irmã à loucura (já há muito tempo levou minha mãe, ao ponto dela se recusar a me dar dinheiro para comprar livros para a faculdade kkkk mandava eu ir para a biblioteca). E ultimamente o meu dna de traça de livros está com um paladar especialmente voltado para livros de culinária - já tenho um estoque aqui! Nem todos foram lidos (inteiramente) ainda, por isso ainda não coloquei resenhas... Mas esses dois de hoje foram recentemente adquiridos (comprei um ontem ^^) e são fininhos e fáceis de ler, por isso já estão por aqui!

Então vamos lá! A dica de livros para hoje envolve dois livros de uma coleção da Le Cordon Bleu, uma das maiores escolas de culinária do mundo, cujo foco é a cozinha francesa e que desce 1895 é sinônimo de excelência - até mesmo a Lady Diana e a apresentadora Julia Child (retratada no filme Julie & Julia) se formaram por lá. A coleção se chama Le Cordon Bleu receitas caseiras, e tem desde livros com requintadas receitas francesas, até livros sobre muffins, chocolate,  os dois que eu trago aqui: Molhos e Pastelaria.

1. MOLHOS
Foi o primeiro que comprei. Já há um certo tempo eu queria um livro que me mostrasse diferentes tipos de molhos tradicionais e as formas originais de serem feitos. Imagina só quando encontrei esse livro? São apresentadas diversas receitas de molhos que podem ser utilizados para carnes, massas e saladas e até caldos doces para sobremesas, indo dos mais simples aos mais sofisticados, com receitas como os molhos holandês, mousseline (com ovos, limão, manteiga clarificada e natas) e jus (feito com os restos de assados). Tudo no passa a passo com dicas importantes. O livro só deixa a desejar por não ter fotos das etapas (que nem faz tanta falta assim) e pela linguagem um tanto formal do português metropolitano (ou seja, de Portugal) - são utilizados temos como lume (fogo), varas de arames (batedor de ovos ou fouêt) e, em alguns momentos, se torna um tanto exaustivo. Isso se acontece pois a coleção não tem uma versão brasileira; é traduzida na Europa, impressa na China e importada. Mas como normalmente serve como livro de consulta e não como leitura de cabeceira, a linguagem não interfere tanto.


Compensa comprar? Sim, ótimo conteúdo, informações muito interessantes, tem um bom preço (mais ou menos 25R$, dependendo do lugar), é bem organizado e a impressão é de alta qualidade.




2. PASTELARIA
Esse livro se convida para dentro da sua casa já a começar pelas fotos. É uma delícia a cada página! Eu o encontrei na livraria em um dos meus rápidos passeios durante meu intervalo no trabalho (no estilo "não tenho nada para fazer vou dar uma volta na livraria do shopping). Na verdade eu tinha ido lá dar uma olhada nos livros de referência para provas de proficiência em inglês, mas a bendita banca de culinária fica logo perto da porta, nunca consigo escapar de lá sem passar por ela. Eu nem sou tão fã de doces assim (por isso as poucas receitas de doces por aqui), mas a abundância de cremes e frutas me atiçou e eu tive que trazê-lo comigo para casa. Aqui aparecem algumas receitas clássicas, como o millefeuille (aqui traduzido, mil folhas), tartes, tartelettes, éclairs, Saint-Honoré e muitos folheados de dar água na boca. No final do livro há também as receitas das massas utilizadas - aerada, aerada doce, cozida e folhada. As receitas são dadas passo-a-passo, e a linguagem é melhor do que o de molhos, apesar de ainda ser edição portuguesa.

Compensa comprar? Sim, se você gostar de passar um tempo na cozinha, sem se preocupar com sobremesas mais elaboradas, demoradas e não tão práticas assim - mas cujo trabalho vale cada mordida! Esqueça a essência de baunilha e tenha um estoque de favas em casa! O preço também é muito bom (teoricamente, o mesmo valor para toda a coleção, mas peguei esse na promoção, então paguei apenas 19R$) e a impressão é de alta qualidade também.




20 de novembro de 2013

Ontem eu tive aula de culinária com meus alunos, e do corn dog sobrou um pacotão cheio de fubá - que veio para casa comigo. E hoje de manhã, ao me deparar com ele, já pensei em uma panela cheia e fumegante de polenta, aquela polenta com um espesso, vigoroso e saboroso molho vermelho... hummm 
E foi isso que resolvi fazer para o almoço de hoje. Inicialmente planejei fazer o molho com linguiça, mas achei melhor fazer com carne, pois minha irmã não gosta de linguiça. Pedi então para ela ir ao açougue, e ela foi no mercadinho perto de casa que mudou de dono essa semana e, para nosso pesar, não tem mais açougue... Como ela chegou em casa de mão abanando (quando ela poderia ter andado mais uma quadra e ido ao outro mercadinho), voltei à minha ideia original e não me arrependi!

Ingredientes:
  • 1 ½ xíc. de fubá
  • 7 ½ xíc. de água
  • ½  cebola picadinha
  • 1 dente de alho picadinho
  • 3 tomates médios maduros mas firmes picados em cubos não muito pequenos
  • ½ xíc. de molho de tomate
  • 2 xíc. de linguiça em rodelas (usei aquelas calabresas fininhas)
  • orégano
  • azeite
  • sal
  • pimenta branca em pó
1. Misture o fubá em 7 xícaras de água até dissolver tudo. Reserve.
2. Em uma panela aquecida, coloque um fio de azeite, o alho e metade da cebola. Refogue e acrescente a mistura de fubá, o sal e a pimenta a gosto. Mexa bem e deixe ferver até engrossar, mexendo sempre ou o fundo engrossará e a parte de cima ficará mole. Quando estiver com a espessura desejada (eu gosto um pouquinho mais mole, minha irmã gosta um pouquinho mais dura... rsrs) é só desligar. Reserve.
3. Em outra panela aquecida, acrescente mais um fio de azeite, o restante da cebola e a linguiça. Caso use outra linguiça que venha crua, acrescente-a primeiro e depois a cebola (para não queimá-la). Deixe tudo fritar.
4. Adicione o tomate (se preferir, use tomate sem casca... mas o intuito aqui não é derrete-lo, mas deixar pedacinhos mesmo) e deixe refogar, mas sem derreter. Coloque o molho e, se preferir, sal (lembre que muitas linguiças já vem bem salgadas, então cuidado!). Dê um toque com orégano (eu também coloquei uma pitada de ervas finas). Deixe o molho ferver até engrossar, e está prontinho! É só servir junto com a polenta - por cima ou em outro refratário.



Humm... e para dar um toque final, coloquei umas lasquinhas de provolone ali no canto...

13 de novembro de 2013

A saladinha de hoje escapa um pouco das saladas tradicionais - é uma salada de folhas que vai ao fogo, apesar de não ser servida quente. Fica uma delícia no verão e também no inverno,  é uma ótima combinação da refrescância do gengibre e a crocância do repolho! E ainda fica pronta em alguns minutos!

Ingredientes:
  • 3 folhas de repolho rasgadas em pedaços não muito grandes nem muito pequenos
  • 2 colheres (sopa) de gengibre fresco cortado em pedacinhos
  • 1 colher (chá) de açúcar
  • 1 colher (sobremesa) de shoyu
  • 1 colher (sopa) manteiga
  • sal

1. Coloque a manteiga em uma frigideira já aquecida e deixe derreter. Quando estiver quase toda derretida, acrescente o gengibre  deixe refogar por uns segundos.
2. Acrescente o repolho e salteie até que ele dê uma leve amolecida - mas que ainda continue crocante.
3. Espalhe o açúcar por cima das folhas e salteie mais algumas vezes. Coloque o shoyu, misture e já pode desligar! Se preferir, regule o sal - eu prefiro deixar só com o shoyu. Espere esfriar e sirva!



Se quiser um prato mais colorido e que o contraste entre o picante, o salgado e o doce apareça mais, substitua o gengibre por gari, aquele gengibre rosa em conserva japonês - também fica uma delícia!

6 de novembro de 2013

Desde criança sempre fui doida por abacate. Naquela época eu tinha que esperar o ano inteiro para chegar a época da fruta, pois raramente se via nos mercados para vender - e de forma alguma se encontrava a variedade que é possível ver por aí hoje, que facilmente pode-se comprar aquele de casca mais fina e de "pescocinho" (abacate manteiga ou o abacate pescoço, dois tipos parecidos), o mais redondinho de casca grossa (guatemala), e até aquele que o pessoal chama de avocado, que eu conheço como abacate americano, menorzinho, casca grossa e tão escura que chega quase a ser preta (hass). Costumava haver um pé no quintal de casa, mas um santo dia meu pai resolver cortá-lo - imagina a tristeza da criança!
Lembro que meu pai costumava bater o abacate com leite e fazer uma vitamina bem grossa... era a nossa diversão em família chegar a noite depois da janta e nos espicharmos na frente da tv tomando vitamina - coisa boba, mas uma querida lembrança de infância, com todo mundo junto se divertindo.

Já depois de adulta descobri a comida mexicana e minha primeira reação ao guacamole foi "ECA!!!"... para mim era muito estranho comer abacate salgado. É claro que depois aprendi que boa parte do mundo deve ter essa mesma reação ao nosso abacate doce, e que gosto não é apenas uma questão de opinião e escolha, ele envolve questões culturais, tradições e identidades de um povo. E quando finalmente me rendi ao guacamole, surpreendi-me e apaixonei-me! RS

Então a saladinha de hoje é no estilo guacamole, ótima para o verão, para acompanhar arroz branco e pratos com carnes ^^

Ingredientes:
  • uma xíc. da abacate em cubos, não muito maduro (ou seja, maduro mas ainda firme)
  • um tomate em cubinhos
  • meia xícara de pepino em cubos
  • meia cebola em cubos
  • meio limão
  • sal
  • temperinho lemon & pepper (ou apenas pimenta do reino ralada)
1. Tudo já picadinho? É só misturar e temperar com o sal, suco de meio limão e o lemon & pepper... Usei o tomate e o pepino com casca e tudo, nem desprezei as sementes. Se quiser, pode acrescentar um pouco de salsinha ou cebolinha - eu quis manter o meu mais com o gostinho do limão, por isso deixei sem.


Servidos?

1 de novembro de 2013

Mais uma vez a salada crua é a estrela por aqui. Essa de hoje é muitíssimo simples, mas há quem pense que seja um bicho de sete cabeças por não ser algo tradicional da nossa cultura. Vale a pena dar uma conferida nessa receita originalmente da cultura mediterrânea e que traz frescor para as nossas refeições!

Ingredientes:
  • 1 tomate
  • Meia xic. de salsinha fresca picadinha
  • Meia cebola roxa
  • Meia xic. de trigo para quibe
  • Sal
  • Azeite
1. Coloque o trigo de molho em água e deixe por uma hora. Depois que estiver hidratado, escorra e reserve.

2. Pique a cebola bem picadinha,  corte também o tomate. Junte a cebola e tempere com azeite e sal. Adicione o trigo e já está prontinho! Eu gosto de colocar também pepino, mas dessa vez não coloquei pois minha irmã  não gosta.
 


31 de outubro de 2013

Quando o tempo começa a mudar as saladas aqui em casa começam a ganhar outra cara - os legumes dão lugar às folhas e os cozidos, aos crus. E para escapar do "azeite-e-sal" do dia-a-dia, sempre acabo tendo que fazer um molhinho especial aqui ou outro acolá, ou mesmo comendo tudo sem nada mesmo. A ideia deste aqui surgiu já há muito tempo, quando eu ainda estudava francês e a nossa professeur dava alguns jantares e nos ensinava a servir à francesa. Com a salada, vinha um molhinho de mostarda e pêssego. Na época acabei não anotando a receita, mas os ingredientes me serviram de inspiração para tentar uma outra receita mais ou menos parecida.
Esse molhinho fica ótimo com folhas (alface - especialmente a americana, rúcula...) e também com tomate.

Ingredientes (para quase uma xícara de molho):
  • 1 1/2 metades de pêssego em calda
  • 2 colheres (chá) de mostarda de Djon
  • 1 colher (chá) de azeite
  • 50 ml de água
  • sal

1. Bata tudo no liquidificador! Se quiser um molhinho mais espesso, não adicione a água. Use mostarda de qualidade, quando se fala em mostarda Djon refere-se àquela que traz as sementes de mostarda moídas e preparadas com vinagre e outros condimentos - não é de forma alguma aquela amarela bem forte que normalmente usamos junto com o ketchup. Essa última é um condimento preparado com sabor artificial de mostarda e não dará o mesmo efeito nas receitas.


Pêssego e mostarda juntos formam um sabor agridoce e, mesmo sendo a mostarda forte, fica super suave!

27 de outubro de 2013

Sabe aquelas coisas que sempre estiveram presentes na sua vida quem você nem sabe quando começou? Então, para mim isso acontece com o bobó de galinha que minha mãe faz. Não sei quando ela aprendeu, quem passou a receita ou onde ela arranjou isso, só sei quem desde que me lembro como um ser humano eu lembro dele ser a minha comida favorita, junto com o churrasco do meu pai  - tanto que nos meus aniversários já nem me perguntavam, meus pais já iam logo ao mercado comprar a picanha para o churrasco e o frango para o bobó.

Para mim já era uma comida tão tradicional que só depois de adolescente que fui perceber quem o bobó dos outros não era como o da minha mãe, não levavam os mesmos ingredientes e o dela não seguia as receitas tradicionais. Não ia azeite de dendê (os baianos que me perdoem, mas no centro-oeste e no sul do Brasil esse azeite é forte demais para os nossos paladares, e em 90% das pessoas que tentam usa-lo acabam com uma tremenda dor de barriga e/ou estômago), nem era engrossado com farinha. Lembro que, quando criança, uma amiga da minha mãe (que era louca pelo bobó dela) pediu a receita e nos chamou para almoçar na casa dela. Tb lembro do beliscão que levei por baixo da mesa e minha mãe falando com uma voz consternada para eu comer o negócio e ficar quieta, enquanto eu olhava para a cara da comida e falava desiludida "mas isso não é bobó..." - a ansiedade da cozinheira era tanta que ela esqueceu de bater tudo no liquidificador, então era um creme branco com frango e pedacinhos de tomate, pimentão e cheiro verde boiando (até hoje não encontrei um modo tão estranho e inusitado de se errar uma receita kkkk).

Com o tempo o prato ficou tão tradicional de minha família quem até minhas avós, minhas tias e minha prima aprenderam a fazer. Cada um com um tempero diferente, todos muito deliciosos, mas nenhum com o tempero da minha mãe. 

E diz que certo dia minha lombriga estava tão grande que eu resolvi que iria fazer. Nunca tinha feito, Mas sabia os ingredientes, tinha uma ideia sobre o processo, e sabia com qual gosto o negócio tinha que ficar - e sabia quais eram os truques que minha mãe usava e que dava um gosto tão bom! Fiz sozinha, seguindo o meu estômago, e não é que deu certo?! O detalhe é que não dá para fazer porção para uma ou duas pessoas: você coloca um pouquinho de cada coisa e acaba virando um panelão! Então tire do armário a maior panela que você tiver em casa pois você vai precisar! Esta receita dá tranquilamente para 6 pessoas.

Ingredientes:
  • um peito de frango tamanho médio com osso (e pode deixar a pele tb)
  • 350g de mandioca amarela 
  • 1 cebola média cortada grosseiramente (cortei em 6 pedaços)
  • 1 dente de alho grande cortado grosseiramente
  • 1 dente de alho pequeno bem picadinho ou triturado
  • 2 tomates pequenos bem maduros cortados em 4
  • 1/2 pimentão pequeno cortado grosseiramente (usei do vermelho, mas também dá para usar do verde)
  • 1/4 de xícara de salsinha
  • 1/4 de xícara de cebolinha
  • 1/2 xícara de molho de tomate
  • 2 colheres (sopa) de ketchup
  • 1/2 lata de milho verde
  • 1/2 vidro de palmito (cortado em rodelas)
  • 1/2 caixinha de creme de leite
  • um pedaço de alho poro (mais ou menos uns 7cm) cortado ao meio no sentido do comprimento
  • uma folhinha de louro
  • sal
  • 1 litro de água (mais a água do cozimento do frango)

1.  Coloque na pressão o alho grande picado grosseiramente, metade da cebola, o louro, o alho poró, sal e azeite, doure rapidamente e coloque o peito do frango inteiro, deixe fritar um pouquinho e deixe a parte com o osso para baixo. Cubra com água (mais ou menos dois copos) e deixe pegar pressão por uns 20 minutos. 
2.Quando estiver cozido, descarte os ossos, as peles e gorduras e reserve. Reserve também uma xícara do caldo que ficou na panela (peneirado). 
3. Para desfiar o frango é fácil: coloque na batedeira (coberta, ou vc vai ter que catar pedacinhos de frango para todos os lados da sua cozinha depois) e bata rapidamente. Ele desfia sem ficar pedaços pequenos e cortadinhos, como normalmente ficam quando passados non liquidificador. Deixe pedaços grandes, pois eles desfiarão ainda mais quando forem para a panela. 
4. Em uma caçarola grande (de 22cm ou mais) coloque o restante do alho bem picadinho, azeite e o frango desfiado. Deixe dourar até criar casquinhas. 
5. Enquanto o frango doura, bata no liquidificador o tomate, o restante da cebola, a salsa, a cebolinha e o pimentão com meio litro de água até ficar um caldo. Acrescente ao frango e deixe ferver por 15 a 20 min. Mexa constantemente, pois o frango irá assentar no fundo da panela e por começar a queimar. Eu uso sempre uma panela antiaderente, facilita muito a não deixar criar crosta no fundo - se criar, o bobó pode ficar com gosto de queimado.
6. Adicione o milho e o molho de tomate e deixe ferver.
7. Coloque o caldo do cozimento do frango que havia sido reservado no liquidificador, complete até dar 500ml de líquido e bata junto com a mandioca. Acrescente ao frango com o caldo, misture bem e deixe ferver por mais 20 a 30 min, sempre mexendo. Regule o sal, junte o ketchup e o palmito e deixe por mais 10 a 15 min. 
8. Por fim, coloque o creme de leite, misture bem, deixe por mais uns 5 minutos e desligue. Está pronto para servir com arroz branco e batata palha! Eu gosto sempre de deixar esfriar esfriar um pouco, acentua ainda mais o sabor.


Hummm... com arroz branco e batata palha fica maravilhoso! Minha vó às vezes coloca azeitona picada também e tira o pimentão, que ela detesta, mas eu prefiro mesmo é o bobó do jeito que minha mãe faz!

25 de outubro de 2013

A origem da massa muito se discute, mas é fato que foram os italianos que difundiram a cultura do macarrão pelo mundo. Para quem tem uma nonna italiana como eu, não é novidade ou inusitado ver a farinha e os ovos se transformando em uma mistura lisa e depois passando pela máquina de corte e saindo tirinhas para serem penduradas, secadas e cozidas (aliás, meu pai fazia um macarrão maravilhoso, e a nossa maquininha de corte é da minha vó, da época ainda que ela se casou, mais ou menos uns 60 anos atrás). A mesma receita virava também cappelletti (não tão minúsculos como os do mercado...) e outras coisas...

O prazer em comer massa se tornou tão intenso e a fabricação uma arte que, em 25 de outubro 1995, os italianos realizaram em Roma o primeiro Congresso Mundial de Massa (World Pasta Congress), com cerca de 40 produtores de macarrão do mundo inteiro. Em 2005 formou-se até mesmo a IPO (International Pasta Organisation - sim, com S) com a função promover o consumo do produto e divulgar as informações nutricionais. História a parte, desde 1995 que a indústria do ramo vem promovendo o dia 25 de outubro como o dia da massa ou dia do macarrão. Talvez por não ser algo tão antigo que ainda é pouco conhecido, mas já estão circulando na mídia propagandas que estabelecem essa semana como a semana do macarrão. Quem sabe, em um futuro próximo, esse dia ganhe mais destaque...

E para a comemoração de hoje, vai uma receitinha minha: macarrão ao molho sugo com funghi secchi e muçarela - veio a mim o meu sangue italiano e me deu inspiração! kkk Quantidade para duas pessoas, ok? O funghi que utilizei foi o chileno.

Ingredientes:
  • 250g de spaghetti
  • 1 xíc. e meia de molho de tomate
  • 20g de funghi secchi chileno
  • 150g de muçarela cortada em cubos (fica uma delícia também com a mozzarella de búfala)
  • 10 tomates cereja cortados ao meio
  • 1 dente de alho
  • Meia cebola média cortada em pétalas
  • Sal
  • Azeite
  • Orégano
  • Manjericão

1. Coloque o macarrão para cozinhar em agua fervente com azeite e uma pitadade sal.
2. Lave os cogumelos rapidamnte
2. Em uma papanela já aquecida, adicione um fio de azeite, o alho picadinho e a cebola para dourar.
3. Adicione o molho de tomate e deixe ferver até ficar espesso.
4. Junte os tomates, o funghi, orégano e um pouquinho de manjericão. Quando os tomares começarem a derreter, o molho já está pronto - coloque na panela o macarrão, misture e deixe um pouquinho, para o macarrão absorver o molho. Tire do fogo, misture os cubos de muçarela e sirva com um bicchiere di vino!



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