15 de novembro de 2014

Foi em um dos meus passeios ao shopping e andanças pelas livrarias que encontrei esse livro, mês passado. Mas como eu estava estudando para o concurso como uma doida, não tive tempo para minhas leituras por hobby. Quando o folheei. achei muito interessante. Era de uma temática que eu sabia praticamente nada - chá para mim era chá mate, chá de hortelã, chá de capim cidreira ou chá de gengibre para os momentos em que a gargante começa a pifar por causa de uma gripe (vida de professora, vocês sabem né). Por outro lado, era algo que eu sempre quis conhecer, mas não sabia nem por onde começar. Já ouvi muito falar das cerimônias do chá no Nihon (Japão) e sempre quis ir mais a fundo no assunto. 

Acabei levando o livro para casa e, passado o concurso, ele foi para a bolsa, para as minhas leituras nas idas e vindas do trabalho. Terminei em pouco tempo - a leitura é fácil, narrativas bem contadas, linguagem gostosa e sem complicações. Simplesmente flui.

O livro apresenta o chá como um mito, um rito, um remédio e a importância histórica, política e econômica dessa planta. Há um enfoque na China (país origem), Índia (onde passou a ser produzido) e na Inglaterra (um super consumidor) - o Brasil também aparece na história, graças a Dom João e o Jardim Botânico, criado para a aclimatação das plantas do chá. São apresentados também os diversos tipos de chás e as formas de preparo, além da história das peças e aparelhos de chá (há até a origem e as formas de porcelana!). No final do livro há também um guia com algumas receitas (e a breve história desses pratos) que são normalmente consumidos com chás, como pães, bolos, biscoitos, tarteletes e sanduíches. Ou seja, há muito conteúdo! E ele não é apresentado nem de forma super aprofundada e técnica voltada apenas para profissionais, nem superficial demais - é na medida certa.

Cada capítulo é deslumbrante! Você se vê imerso na cultura do lugar, na mitologia e no mistério de uma planta que, fato ignorado por nós, revolucionou o mundo - e não estou sendo exagerada. O último capítulo é um diário de bordo da autora contanto sobre as cidades que passou para escrever o livro - eu quase fiz minhas malas e parti para a China! Fiquei morrendo de vontade de conhecer esse país sobre o qual, aparentemente, eu tinha ideias erradas!

Só tive duas decepções nesse livro: 
  1. Como assim, nada do que eu tomei até hoje é chá? Chá mate não é chá? Chá de hortelã não é chá? Meu mundo caiu! Pois é... tudo isso não passa de infusões. Chá mesmo só é feito de uma planta, a camellia sinensis. O que vai proporcionar os tipos diferentes de chás são as variedades da planta, colheita (primeira, segunda...), período do ano, tipo de solo, tipo de clima, tipo de tratamento da folha ou qual folha foi colhida da planta. E se for um blend quer dizer que ele é aromatizado. 
  2. Figuras... faltaram figuras. E fotos. Só as do final do livro não fora suficientes. Senti falta de imagens das folhas, fotos das porcelanas e dos aparelhos de chá, fotos das plantações e das colheitas... 


Vale a pena? SIM! Mesmo que você nunca vá fazer uma xícara de chá na vida, só pela viagem que você irá fazer pelo miticismo, mistérios e charmosas histórias dos lugares por onde o chá exerceu influência já vale muito a pena. Ele vai na comigo na minha mala de férias, para uma releitura - senti que posso retirar mais informações. A encadernação não é nada demais, papel fosco, grosso, áspero e amarelado, sem paginas coloridas ou papel especial para as fotos. O ponto bom disso é que reflete bem no preço do livro: pode variar de 25,40 R$ a 39,90 R$ (preço sugerido pela editora).


Autor: Ina Gracindo / Editora: Casa da Palavra / 269 pág. / Publicado em 2013.





26 de outubro de 2014

O post de hoje (que era para ter saído ontem, mas o cansaço depois de ter dado 6h de aula não permitiu) é todo dedicado a um produto tão comum em nossas vidas e que teve e ainda tem muita importância econômica e cultural - ontem foi o dia do macarrão! Esse produto tem com base a farinha de cereais (especialmente o trigo), sal e água, podendo às vezes levar ovos ou óleo e tem a origem um tanto controversa - uns dizem que foi levada da China para a Itália por volta de 1295  por Marco Polo; outros apontam que estudos mostram que antes da viagem de Marco Polo à China já haviam relatos do consumo de uma massa similar na Itália e que há indícios que remontam ao consumo do macarrão já no séc. III a.C.; há ainda os que dizem que os árabes já consumiam uma massa seca chamada itrjia e que a teriam levado para a região da Sicília no séc. IX. 

Independente da origem, foram os italianos sem dúvida que espalharam a cultura do macarrão pelo mundo. Aqui no Brasil o consumo se intensificou com a vinda da imigrantes durante a guerra. É tão tradicionalmente italiano que há congressos, associações e, desde 1995, comemora-se o dia 25 de outubro como o dia mundial do macarrão!

A receita que eu trago para vocês hoje é uma receita de família. Minha nonna italiana fazia, meu pai fazia e agora eu faço. É super fácil e fica ainda melhor caso você tenha um cilindro ou uma máquina de cortar macarrão em casa. Eu herdei uma que era da minha vó e depois passou para o meu pai (rsrs na verdade, meu pai se apossou e consertou a maquininha que já estava parada há certo tempo e minha mãe, depois que meu pai faleceu, se recusou a devolver a maquininha e disse que era para mim kkkk), mas ela ainda está na casa da minha mãe, bem longe daqui, então fiz tudo no braço, no rolo de macarrão (que finalmente foi usado para fazer macarrão rs) e na faca. Só é preciso de um pouco de força no braço e paciência, mas o resultado compensa! A receita é de uma massa de ovos.

Para a massa do macarrão:

  • 500g de farinha de trigo
  • 6 ovos grandes 
  • 1 pitada de sal

1. Disponha a farinha peneirada em um recipiente, faça um buraquinho no meio, coloque o sal e os ovos. Bata os ovos e vá misturando a farinha. Depois é só sovar até ficar tudo homogêneo. Se os ovos forem pequenos, acrescente um pouquinho de água (uma colher de chá), mas só se preciso (os meus ovos eram tão gigantes que tive que acrescentar mais uma colher de farinha). Deixe descansar por uns 40 minutos, coberta com um pano úmido para a massa não ressecar.
2. Separe a massa em 4 ou 5 partes. Cilindre para tirar as bolhas ou então, acaso você use o rolo, faça o seguinte processo: abra a massa um pouquinho em uma superfície enfarinhada, dobre, estique um pouco, dobre, estique, dobre... faça isso umas 5 ou 6 vezes. Agora é só abrir a massa, bem fininha, com cerca de 1mm de espessura. Faça uma tira comprida e não muito larga, assim é mais fácil de controlar a espessura. Repita o processo com todas as partes (demorei nem meia hora). 
3. Deixe as tirar descansarem em um lugar arejado, até que elas comecem a secar e fiquem levemente esbranquiçadas. 
4. Se você tiver a maquininha de cortar, agora é só passar as massinhas pela máquina para cortá-las. Se você pretende cortá-las na faca, esfarinha super levemente as tirar, dobre-as e corte as tiras. Assim que terminar de cortar, separe-as e, de preferência, pendure-as em algum lugar para terminarem de secar. As minhas já estavam bem sequinhas, então só deixei um pouco mais em cima de mesa e depois separei em porções. Tive o rendimento de 780g de massa. Lá em casa ela já durou uma semana - não que tenha estragado depois disso, mas foi o quanto durou o estoque antes de comermos tudo rsrs.


Abra a massa bem fininha, com um 1mm de espessura, até ficar quase transparente.

Aqui a massa já cortada bem grosseiramente, justamente para ficar com cara de caseiro. Se quiser, corte  mais fininho e mais regular.

huummm yammy yammy! (p.s.: a toalha quadriculada vermelha não foi intencional!)

Aqui em montinho...

... e aqui já separado em porções, para facilitar guardar e cozinhar. 
Esse é meu paizinho e o varal de estender macarrão que ele mesmo inventou (agora ele deve estar fazendo muita macarronada lá no céu...) - era assim que costumávamos secar o macarrão lá em casa.


Preparada a massa? Agora vamos para o molho Alfredo!

Esse molho é a coisa mais simples do mundo! Uma simplicidade fantástica e genial e que dura já 3 gerações, desde que o chef Alfredo di Lelio criou o prato para sua esposa e depois passou a servi-lo em seu bistrô que havia sido inaugurado em 1910 em Roma. Virou o sucesso da casa e tornou o restaurante famoso, e desde a época de Alfredo ele ainda é feito da mesma forma, apesar de haverem diversas versões da receita por aí. O que dá destaque nesse prato é a qualidade dos ingredientes e há um truque básico: o prato em que será servido deve ser aquecido. 

Molho Alfredo (para 250g de macarrão):
  • 3 colheres (sopa) de manteiga de qualidade
  • 150g de queijo parmesão em pedaço
  • sal
  • uma colher de café de ervas de Provence

1. Cozinhe o macarrão em água salgada - não ´precisa de azeite, basta seguir a proporção de 1 litro de água para cada 100g de macarrão. 
2. Coloque os pratos nos quais será servido o macarrão em uma panela com água e ferva até eles estarem aquecidos. Ou, caso opte por colocar em uma só travessa, você pode ferver a água e despejar nela, ou ainda colocar água quente e levar ao forno ou ao microondas por alguns minutos. 
3. Rale o parmesão - compre o pedação do parmesão e rale em casa para garantir a qualidade. Muitas vezes os queijos já ralados possuem misturas ou já estão muito ressecados. Ralar em casa vai de certa forma garantir que o seu parmesão é mesmo parmesão.
4. Pegue o prato aquecido, coloque a manteiga (que vai começar a derreter lindamente!), sal, pitadinhas de ervas de Provence (cuidado, pois são muito forte!), coloque o macarrão e cubra com o parmesão. Se preferir, pode misturar já ou levar assim para a mesa, para que cada um misture o seu.


O parmesão é um queijo duro, então ele não vai derreter como a muçarela, ok?



24 de outubro de 2014

Sábado eu passei o meu dia em Floripa. Foi a minha primeira vez na cidade (bem diferente do que eu esperava, mas linda do mesmo jeito!), então é claro que eu tinha que visitar o mercadão municipal e depois acabei em um shopping e em uma livraria. Não tive muito tempo para escolher cuidadosamente um livro, mas acabei levando um que achei muito interessante e bem diferente dos que eu costumo achar por aqui. Sem falar que a proposta de juntar culinária, história e cultura do Nihon (o nome original do Japão) fez minha curiosidade ter tremeliques.

O livro fala sobre os izakaya (居酒屋), estabelecimentos japoneses surgidos durante o período Edo (período em que o Nihon foi governado pelos shoguns da família Tokugawa, de 1603 a 1868) e que tinham a função de comercializar o sake. Os fregueses podiam fazer a degustação da bebida na loja, que com o tempo passou a oferecer também alguns acompanhamentos. Hoje os izakaya são como bares em que se pode beber o tradicional sake, ou uma cerveja super gelada (que, por minha experiência com a convivência com os Nihonjin ou dekasseguis, pude perceber que eles adoram!), acompanhados de pratos também tradicionais que se harmonizam com as bebidas e estão repletos de culturas regionais - bom, assim como para os judeus, a comida os japoneses é um ritual, uma arte. 

A ordem dos assuntos apresentados segue mais ou menos assim: primeiro, uma breve história dos izakayas e uma contextualização. Há um grande enfoque nos estabelecimentos aqui do Brasil, ou melhor, de São Paulo e algumas estatísticas dos izakayas de acordo com o Ministério de Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Nihon. Depois, há uma boa parte sobre o sake, os principais tipos e a diferença entre eles. O livro segue com a apresentação de 8 estabelecimento, com suas breves histórias, seus donos e alguns pratos de destaque. 

Minha opinião de forma geral é: eu esperava mais. Talvez um pouco de preconceito meu, mas já fiquei um pouco com o pé atrás quando li que o livro não foi escrito por um especialista da área depois de anos de estudo - foi algo encomendado pela editora para um autor que, apesar de já ter ganho prêmio por livro publicado na área de gastronomia japonesa, não tinha muito conhecimento sobre o assunto até a editora encomendar o livro. 

A leitura é fácil, a linguagem é gostosa, tanto que li o livro rapidinho (até mesmo por conta das letras grandes, textos separados em tópicos e lindas imagens). Mas alguns capítulos se parecem muito com trabalhos acadêmicos, e até pude ouvir a voz do meu orientador da minha época de mestrado dizendo: "tá, isso é um capítulo de dissertação. Agora transforme em um capítulo de livro, pois é diferente." E eu ainda não entendi o porquê de ter uma parte sobre uma degustação, com uma breve biografia de cada participante, e não ter sido trabalhada melhor. E as biografias, totalmente dispensáveis, até mesmo porque os participantes não expressaram nenhuma opinião que formasse argumentos no texto. 

Gostei das receitas seguirem as origens - é um tanto decepcionante quando você compra um livro para ver as receitas originais e acaba se deparando com situações como "se não tiver molho shoyu, use molho inglês, que é a mesma coisa" ou quando você se depara com ovo de codorna no yakisoba (os Campo grandenses vão entender). Pode até ficar muito bom, mas se eu estou procurando pela receita original, que tente-se pelo menos chegar perto. Pontos a favor do livro: prima até pelo shoyu de fermentação natural, e não os de fermentação química que utilizamos por aqui. Gostei também do glossário no final e as lendas apresentadas.

A parte de fotografia e design do livro é um festival a parte: lindas ilustrações (às vezes parecia mais que eu estava lendo um livro infantil, de tão fofas e lindinhas), lindas fotografias, papel de qualidade, grosso e fosco (facilita a leitura, principalmente para quem, como eu, anda com o livro na bolsa e vez ou outra acaba apelando para as luminárias LED de livros). 

Vale a pena? Sim e não. O livro é interessante, o tema é interessantíssimo, uma pena que faltou algo mais. A impressão é de ótima qualidade. Entretanto, achei o valor um tanto salgadinho - entre 63R$ e 79R$. A qualidade da impressão justifica o preço, mas a quantidade de informações no livro, não.



Autor: Jo Takahashi / Editora: Melhoramentos / 168 pág. / Publicado em 2014.





2 de outubro de 2014

Laranja ultimamente tem sido um item básico aqui em casa. Daqueles que, quando o estoque começa a baixar, já passo no mercado e pego mais uns 3 quilos... Além de estarem baratas, ainda estão super docinhas esse ano, então dá para aproveitar bastante. É o tipo de suco que, mesmo tomando todo dia, não dá para enjoar. Não gosto muito de chupar laranja, mas o suco... humm... já desde a época da minha gravidez minha mãe costumava tomar litros e litros. Nasci, cresci e continuo assim, tanto que quando eu morava com meus pais, minha mãe costumava fazer o suco e deixar na geladeira. Ao invés de tomar água, eu bebia suco... hummm...

Essa semana ganhei um pote de acerolas, que minha tia colheu do pé que tem no quintal. Mas não gosto muito do suco puro de acerola - bebo, mas não é dos meus favoritos. Então resolvi juntar também os moranguinhos orgânicos que minha irmã comprou na feira - pequenininhos, vermelhinhos e docinhos como aqueles que dão no quintal de casa. O resultado foi esse super vitaminado suco, refrescante, colorido e delicioso! Não é exatamente uma receita que trago aqui hoje, mas uma ideia de mistura para o suco, rápido, nutritivo e delicioso!

Ingredientes:
  • 5 laranjas
  • 10 acerolas
  • 6 moranguinhos (bem maduros... se for grande, pode usar só uns 4 ou 5)
  • 2 colheres de açúcar (opcional)
  • 6 pedrinhas de gelo


1. Esprema as laranjas. Junte no liquidificador o suco da laranja, as acerolas e os morangos lavados, o açúcar e o gelo, bata e coe para servir. 



No seu copinho: vitaminas C, A, B1, B2, B3, B5, B6, além dos minerais cálcio, ferro, potássio, magnésio e selênio...

19 de setembro de 2014

A estrela da receita de hoje tem uma história um tanto intrigante, pois tudo indica que ela já rodou o mundo. Essa variedade que surgiu do cruzamento entre espécies distintas (sendo uma delas a moranga) pode ser encontrada por aí como cabotiá, cabotiã, kabocha ou ainda abóbora japonesa. No Japão, o termo kabocha é usado tanto para se referir a ela, quanto a outros tipos de variedades ocidentais. O fato é que ela chegou por lá pouco depois do descobrimento do Brasil, levada pelo portugueses do Camboja para lá, daí o nome - Cambodia abobora, que os japoneses acabaram encurtando para apenas kabocha. Como ela foi parar no Camboja eu já não sei, pois estudos indicam que a sua origem é no continente Americano e que até os Incas e Aztecas já a usavam!

História a parte, as abóboras são facilmente encontradas pelo país inteiro e também têm longa tradição em culinárias de outros países (veja como os americanos são loucos por pumpkins!). São ótimas alternativas para salada (até mesmo raladas cruas!), cozidos, sopas, recheadas... os sabores diferem conforme a variedade, e muitas possuem um adocicado todo especial! Na receita de hoje ela virou purê e um ótimo acompanhamento para uma salada leve, arroz branco e um assado.

Ingredientes:
  • 3 xícaras de cabotiá em pedaços
  • 1 batata entre média e pequena cortada em pedaços
  • 1 colher de manteiga
  • 2 colheres de cream cheese
  • 2 colheres de creme de leite
  • sal

1. Cozinhe a cabotiá e a batata com sal até ficarem macias.
2. Passe por um espremedor, retirando bem a água. 
3. Misture o creme de leite e o cream cheese.
4. Em uma panela já quente, coloque a manteiga e, quando estiver derretendo, coloque a abóbora e a batata espremidas e já misturadas com o cream cheese e o creme de leite. Mexa bem com uma colher de pau, cheque o sal, e quando começar a desgrudar do fundo já está pronto! A batata vai ajudar na textura e deixar um gostinho especial!



16 de setembro de 2014

Uma coisa que eu gosto na chegada da primavera é a variação térmica do dia... sol claro, brilhante e quentinho durante o dia e a noite fresquinha... No ponto de vista do meu estômago, isso quer dizer que posso comer salada durante o dia e caldos e sopas quentes durante a noite... rs

E esse dia luminoso e sem calor extremo me deu vontade de comer uma saladinha tipicamente francesa, a Salade Niçoise. Originária e tradicional de Nice, cidade da região de Provence-Alpes-Côte d'Azur, ele é feita com a maioria dos vegetais crus, ovos cozidos e atum ou anchovas e servido com o molho vinagrete, podendo ter algumas outras versões.

Ingredientes:
  • 1 batata grande cortada em pedaços grandes e cozida
  • 3 ou 4 folhas de alface (usei a crespa, mas talvez uma com folha mais grossa dê mais presença na salada... você escolhe)
  • 1 tomate (ou uns 8 tomatinhos cereja) cortado em tiras
  • 4 ou 5 vagens cortadas em bastõezinhos e cozida
  • 2 ovos cozidos (durinhos)
  • 1/2 lata de atum em pedaço
  • 3 colheres de azeitona em rodelinhas (ou, se preferir, use azeitonas inteiras)
  • 1/3 de xícara de pimentão vermelho picado 
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • 1 colher (chá) de mostarda de Dijon
  • 1 colher (chá) de vinagre de vinho branco
  • ervas de Provence
  • flor de sal (ou sal comum)


1. Sem segredo: é só juntar em camadas a alface, os tomates, batata, vagem, pimentão, azeitona. Distribua os ovos cortados ao meio e coloque o atum no centro.
2. Para a vinagrete, misture bem o azeite com o vinagre, a mostarda, as ervas de Provence e a flor de sal. Deixe para despejar o vinagrete no seu prato, e não na travessa de salada.




9 de setembro de 2014

Ontem resolvi aproveitar a promoção do mercado e levar para casa uns pimentões vermelhos e amarelos, que normalmente são bem mais caros, mas estavam apenas 3 reais a mais que o verde por quilo. Pensei em fazê-los recheados, mas não gosto quando eles ficam com a casca queimada, nem que a porção seja um pimentão inteiro... Acabei optando por anéis, mais rápidos, super simples, posso dosar o tamanho da porção e não vou ser obrigada a comer um pimentão inteiro sozinha. Preferi usar os vermelhos, pois são mais suaves que o verde e têm mais polpa também. 

Ingredientes:
  • 2 ou 3 pimentões vermelhos grandes (e grossos) cortado em rodelas de mais ou menos 3cm
  • 500g de carne moída
  • 100g de muçarela em cubos
  • 2 ou 3 colheres bem cheias de cream cheese
  • 1 tomate em cubos
  • 2 ovos
  • 1 dente de alho picadinho
  • 1/2 cebola grande picadinha
  • 1/3 de lata de ervilha
  • 3 colheres de cebolinha picadinha
  • 1 colher (chá) de páprica doce
  • 1 colher (chá) de páprica picante
  • azeite
  • sal

1. Refogue a cebola e o alho em um fio de azeite. Acrescente a carne moída, sal, as pápricas, e refogue mais um pouco, até ela começar a ganhar cor e se soltar - mas tire do fogo e reserve antes que a carne fique totalmente cozida.
2. Bata os dois ovos, junte a cebolinha, a ervilha, o tomate e a carne. Misture bem e reserve.
3. Coloque um fio de azeite em uma forma ou refratário, coloque as rodelas e recheia com a carne até a metade. Espalhe alguns cubinhos de queijo e uma colher (chá) de cream cheese no centro. Complete com mais carne e pressione um pouco com a colher, para dar uma leve compactada. 
4. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus até a carne estiver tostadinha por cima e o queijo derretido. Se preferir, faça apenas uma camada de carne e cubra com o cream cheese e a muçarela (fiz assim com duas rodelas que tinham a cavidade menor, por serem a ponta do pimentão). Agora é só providenciar uma saladinha de folhas e um arroz branco e está prontinho!



30 de agosto de 2014

Com esses dias fresquinhos e inconstantes que estavam de passagem, as saladas aqui em casa acabam sendo cozidas a maior parte do tempo. E até mesmo encontrar para comprar a alface americana que eu tanto gosto estava difícil... Semana passada fui à feira e pude finalmente colocar minhas mãos em um pé bem viçoso e crocante. O tempo também virou e nem parecia mais inverno... tardes de sol quente até demais! Foi facinho então consumir o pé quase inteiro... deixei as folhas menores, do coração, para uma saladinha com uma apresentação especial, convidativa, simples e deliciosa!

Ingredientes:
  • 1 cenoura média ralada
  • 200g de camarão limpo
  • 1/3 de xícara de milho
  • 1/3 de xícara de ervilha
  • 1/4 de xícara de cogumelo champignon fatiado ou cortado ao meio
  • 2 colheres (sopa) de castanha de caju triturada grossamente
  • 1/4 de xícara de uva passa
  • folhas de coração de alface americana (quanto baste)
  • 3 colheres de maionese
  • 3 colheres de creme de leite
  • azeite
  • sal
  • 1 colher (sobremesa) de mostarda tipo americana (aquela bem amerelinha, cor bem viva, normalmente usada nos lanches).
  • ervas finas
  • 1 colher de manteiga
1. Como os meus camarões estavam congelados, eu os coloquei ainda congelados para ferventar em água com uma colher de chá de vinagre por menos de um minuto, tirei e coloquei na água gelada, para parar o cozimento. O cheiro forte foi embora com a água e ele não solta aquela água toda quando for para a frigideira. Escorra.
2. Leve uma frigideira ao fogo com a manteiga. Quando estiver derretida, mas sem queimar, acrescente os camarões, um pouquinho de sal e ervas finas. Salteie e reserve - se preferir, tire alguns para servir de decoração! (como ele não vai soltar água, ele pega uma corzinha dourada rapidinho, então cuidado para não queimar e nem deixar passar do ponto e ficar emborrachado!)
3. Junte a cenoura ralada, o milho, a ervilha, o cogumelo, a castanha, os camarões e a uva.
4. Acrescente a maionese, o creme de leite, um fio de azeite, uma pitadinha de nada de sal, mais ervas finas e a mostarda e misture tudo muito bem. 
5. Agora é só rechear as folhas de alface, como se fosse um barquinho, e servir! 








27 de agosto de 2014

A batata doce está na minha lista de alimentos que eu torcia o nariz quando era criança (não por falta de insistência dos meus pais) e que aprendi a gostar depois de adulta (canso de falar que o melhor remédio para quem é chato para comer é começar a ir para o fogão para fazer a própria comida... não que eu fosse assim quando criança, aliás, era o oposto... comia até demais e eram raras as coisas para as quais eu torcia o nariz). Aprendi que afinal aquele gosto adocicado não era tão ruim assim, depois passou a suportável, e hoje eu adoro! 

Como ela não estraga tão fácil e rende bem, sempre tenho pelo menos uma em casa. E hoje foi o dia de dar uma testada em algo diferente... uma solução super simples mas que dá um gostinho especial para a batata cozida: manteiga. Apesar de ter muitas coisas da culinária francesa que não passam pelo meu crivo de estranheza, uma coisa eu tenho que concordar... parece que tudo fica mais gostoso com manteiga!

Ingredientes:
  • 1 batata doce cortada em rodelas grossas (espessura de um dedinho)
  • 3 ou 4 colheres de manteiga
  • ervas finas

1. Cozinhe a batata na água. Quando estiver quase pronta, escorra. 
2. Espalhe uma generosa camada de manteiga em um refratário. Distribua as batatas, termine de espalhar a manteiga em cima delas. Salpique com as ervas finas e, se quiser, sal (eu prefiro as minhas sem sal mesmo). Agora é só levar ao forno por alguns minutinhos para a batata terminar de cozinhar na manteiga e absorver o sabor. Fica suave e delicioso!




25 de julho de 2014

Nestes dias de inverno a gente acaba abusando um pouco das comidas hiper calóricas e cheias de carboidratos. São tão deliciosas e acolhedoras! Sem falar daquele sentimento de casa de mãe ou casa de vó que certos pratos passam...

Ontem mesmo acabei abusando. Aliás, não só ontem. A vontade de comer batata assada com bacon fez eu sair do trabalho sábado e passar no mercado - consegui achar um lindo pedaço de bacon, com pouca gordura e muita carne, um delicioso cheiro e que quando frito fica crocante como os americanos. HUMM!!! Resultado: já comi mais bacon nessa semana do que do começo do ano até semana passada. É batata com bacon, ovo com bacon, macarrão com bacon... hummm... 

Daí, para variar um pouco, resolvi fazer algo um pouco mais leve a mais suave também: parti para o peixe. Essa versão dos filés ao forno com legumes é super nutritiva, apesar de não ser tão baixa caloria como deveria, por causa da maionese e dos tubérculos. Mas ainda assim, uma opção vitaminada para esses dias em que o corpo se aquece não só com as roupas, mas também com nossas refeições.

  • 4 filés de tilápia
  • 1 batata média picadinha em cubinhos de mais ou menos 1cm
  • 1/4 de xícara de milho
  • 1/4 de xícara de pimentão vermelho picadinho em cubos (como a batata)
  • 1/4 de xícara de salsão picadinho (do tamanho da batata)|
  • 1/4 de xícara de cenoura em cubinhos (também do tamanho da batata)
  • 1/4 de xícara de cebola picadinha
  • 1 colher de creme de leite
  • 3 colheres de maionese
  • 1 colher (chá) de molho Worcestershire/inglês
  • Suco de 1/2 limão
  • 1 dente de alho pequeno bem picadinho ou amassado
  • sal
  • orégano
  • pimenta branca moída
  • azeite


1. Tempere os filés com o limão, um fio de azeite, sal e o alho. Reserve. 
2. Cozinhe a batata e a cenoura. Quando estiver macio, escorra e reserve. 
3. Misture a batata, a cenoura, a cebola, o salão, o pimentão, o milho, o creme de leite, a maionese e o molho Worcesterchire/inglês. Tempere com sal, um fio de azeite , orégano e pimenta. Reserve.
4. Distribua os filés em um refratário untado com um fio de azeite, leve ao forno pré-aquecido. Quando estiver quase assado, espalhe os legumes com a maionese sobre os filés e volte ao forno até o peixe estiver totalmente assado. 

A intensão era servir com arroz integral, maaaass... o macarrão de ontem...

13 de julho de 2014

Há alguns dias que você acorda mais atrevida do que outros. Foi assim comigo hoje. Não posso por a culpa na noite, pois já desde ontem uma ideia dava suas nuances na minha cabecinha e no estômago. Frango com goiabada. O que parece loucura ou desejo estranho de mulher grávida (o que não sou rsrs) na verdade uma mistura nem tão inusitada assim e maravilhosa.

Então fomos eu e minha mana para o açougue - quer dizer, eu fui para o açougue e ela foi para o sacolão ao lado. Pedi para ela trazer goiabada. Pra que? Para por no frango. Ela não acreditou. Nem mesmo na hora que servi o almoço: maionese leve feita com creme de leite, arroz branco e frango com barbecue e goiabada. "Ah goiabada... AHN, você pôs goiabada no frango?" (cara de incrédula) "Sim, eu pus" (mais cara de incrédula). "Não comem costelinha de porco com barbecue e goiabada? Por que eu não posso pôr no frango?". Se barbecue combina com goiabada, e molho agridoce combina com frango, por que não testar? E ficou de lamber os dedinhos! Mais uma daquelas receitas super fáceis de fazer e que surpreendem pelo sabor e pela cara de requinte.

Ingredientes:

  • 8 sobrecoxas de frango sem a pele
  • 1 dente de alho picadinho
  • 1/2 xícara de molho barbecue de qualidade (eu prefiro os originais importados americanos, o gosto é totalmente diferente dos produzidos por aqui. Sempre uso o da Heinz)
  • 2 colheres (chá) de molho Worcestershire 
  • 2 colheres (sopa) de goiabada
  • sal
  • azeite


1. Misture metade do barbecue, o alho e o sal e passa no frango. Deixe descansar por meia hora para que o tempero pegue bem. 
2. Unte uma forma com um pouquinho de azeite e disponha as sobrecoxas. Leve ao forno pré-aquecido.
3. Em banho-maria, coloque o restante do barbecue, o molho Worcestershire e a goiabada. Misture bem até a goiabada derreter totalmente e formar uma geleia homogênea com os molhos. Reserve.
4. Quando o frango já estiver quase pronto, pincele a goiabada e deixe no forno por mais uns 8 minutinhos. Depois, vire o frango e pincele do outro lado, deixe por mais 8 minutinhos. Se acumular água na forma, escorrer antes de virar o frango. Caso necessário, pincelar mais uma vez com o restante do molho. E prontinho!

Como diz a música da Ayumi Hamasaki... Bold and delicious!

11 de julho de 2014

Dia 10 de julho é comemorado o dia internacional da pizza! Apesar de não ser muito divulgado ou comemorado, já desde 1985 essa data é celebrada aqui em terras tupiniquins. Paixão mundial, existem diversas versões,  dependendo do público alvo - massa fininha,  crocante, massa pan (aquela fofinha que lembra um pão e que é encontrada na Pizza Hut ou em padarias que servem a pizza por pedaço para o nosso lanchinho da tarde), com borda recheada, doce, salgada, com pouco recheio, transbordando, com poucos ingredientes no recheio, parecendo um x-tudo... Já vi italiano dando chilique , dizendo que pizza de frango não era pizza e que nós brasilianos fazíamos muita mistura. Ora, a pizza é minha! Se os americanos podem pôr anchovas e os japoneses, KitKats de sabores duvidosos, por que não um frango desfiado?

A história dessa maravilha também fica nebulosa em um certo ponto. A massa, vinda de um pão, já era conhecida há pelo menso dois milênios no meio-oriente e na Grécia - muito similar ao pão pita dos indianos, ou o pão árabe. Dizem também que não era novidade nas casa italianas servir esse pão fininho com algum tipo de recheio ou com azeite. Mas foi em um momento específico, junho de 1889, da História que um pizzaiolo chamado Rafaele Esposito produziu uma pizza com tomate, mozzarela di bufala e manjericão que seria servida para a Rainha Margharita de Savoia, que estava de passagem pela cidade de Napole com o rei Umberto I.  A rainha aprovou essa delicinha que tinha as cores da bandeira do seu país e a pizza, além de ganhar o seu nome, foi impulsionada para, mais tarde, se tornar o que é hoje.

As versões e as mudanças foram tantas que em 1984 surgiu na Itália a Associazione Verace Pizza Napoletana, uma associoação que delimitava as regras para uma verdadeira pizza napolitana - desde ingredientes até o diâmetro. Em 2009 a União Européia deu à pizza napolitana o estatus Traditional Specialities Guaranteed, um selo que promove e protege produtos regionais e garante que apenas aqueles identificados pelo selo e que atendem minuciosamente as características estabelecidas podem ser identificados e comercializados como tais (veja o caso da Champagne e do queijo Gorgonzola e do aceto balsâmico)  Talvez um ato que pareça extremo, ilusório e desesperado para nós que levamos a criatividade na cozinha a sério,  mas que prova o amor e o orgulho de uma nação que disseminou o seu povo, a sua culinária e a sua cultura pelo mundo. 

Ingredientes:
  • 500g de farinha
  • 1 colher (chá) de açúcar
  • 1 colher (chá) de sal
  • 10g de fermento biológico seco
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • 350g de água morna
  • farinha e azeite para sovar

1. Misture o fermento biológico seco na água morna com o açúcar. Deixe por 5-10 minutos, até formar uma camada "cremosa" (fica com cara de espuma de capuccino).
2. Junte o azeite ao fermento. 
3. Misture a farinha e o sal. Acrescente o líquido reservado e misture bem. 
4. Sove a massa por uns 10 minutos em uma superfície enfarinhada, até ficar lisa. Divida a massa em 3 ou 4 bolinhas (para uma pizza formato grande, para ficar bem fininhas).
5. Unte uma travessa com o azeite, coloque as bolinhas, passe um pouquinho mais de azeite sobre cada uma e cubra com um pano úmido. Deixe crescer por 2h. Daí é só abrir e colocar o recheio que quiser! Também é possível pré-assar para usar a massa em outro dia, só não sei quanto tempo pode durar pois aqui em casa não consegui deixar passar de 2 dias... rsrs Se você tiver a pedra para assar em casa, melhor ainda. Eu não tenho (ainda! rs), então assei na assadeira comum de pizza mesmo. Cuidado para não assar demais, ou a massa ficará durinha. 

Margherita: passata de tomate, uma camada de muçarela comum, tomate, mozzarela di bufala e manjerião. 

Morango com chocolate: pré-asse a massa, cubra com chocolate e morango e volte ao forno até derreter o chocolate.

Queijo e milho: uma camadinha de passata de tomate, muçarela, milho e orégano. 

4 de julho de 2014

Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos são poucos os feriados que o pessoal para de trabalhar e tiram o dia para comemorar. Nem mesmo no Natal isso acontece! Mas hoje é um dos raros dias em que o país inteiro para - 4th of July, ou 4 de julho, dia da independência americana. A Macy's (uma das maiores lojas de departamento de lá) faz um show de fogos no rio Hudson, que separa Nova York da parte continental e de New Jersey e onde também fica a Statue of Liberty. Por todos os lados ocorrem paradas, desfiles, fogos, churrascos... e muita comida típica! E o que seria mais tipicamente americano do que uma apple pie, uma torta de maçã?

Mas por mais que eles amem bacon, a loucura nacional é por uma boa torta. Chicken pie, pecan pie, blueberry pie... Uma boa torta quentinha saindo do forno, ainda fervendo... humm... e se for acompanhada de sorvete então, só pode melhorar! E qual seria a mais famosas das tortas, aquela que ficaria como símbolo do país? Para a felicidade do Johnny Appleseed, é a apple pie, a torta de maçã!

E quem foi esse? Johnny Appleseed, na verdade chamado John Chapman, viveu entre 1774 e 1845. Ele visionou que as pessoas que se estavam em marcha para desbravar o oeste americano precisariam de algo para comer. Por isso, Johnny Appleseed (Johnny semente de maçã) espalhou pés de maçã pelos estados da Pennsylvania, Ohio, Illinois e Indiana. 

Por mais que esse seja um feriado que nada tem relacionado com o Brasil, eu trago aqui a minha receitinha de apple pie, pois, como professora de inglês, eu simplesmente não poderia deixar essa data passar em branco!

Ingredientes:
  • 520g de farinha
  • 250g de manteiga/margarina (com mais de 75% de lipídios) em temperatura ambiente (use a margarina para a versão sem lactose)
  • 230g de açúcar
  • 1 colher (chá) de sal
  • 3 ovos
  • 5 maçãs fuji grandes, descascadas e cortadas em cubinhos
  • 1/2 xícara de açúcar
  • 1/2 colher (sopa) de canela
  • 1/2 limão


1. Misture a farinha peneirada e o sal. Depois acrescente a manteiga/margarina aos poucos, misturando até virar uma farofinha. Faça um buraquinho no meio e acrescente 2 ovos e 250g de açúcar. Misture bem até ficar uma massa uniforme. Embrulhe em filme plástico e leve ao congelador por meia hora. 
2. Conforme a maçã for cortada, espalhe o suco do limão sobre ela para que não escureça. Depois misture a meia xícara de açúcar e a canela. 
3. Forre uma forma com metade da massa, despeje a maçã e cubra com o restante da massa. Bata um ovo e dê umas pinceladas sobre a torta para que ela fique douradinha. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus.



26 de maio de 2014

Com o inverno chegando minha gula pede por muito carboidrato, massas, coisinhas cozidas, friturinhas... nada daquelas coisas tão saudáveis assim. Um molho de tomate um pouco mais carregado no tempero, mais forte e mais grosso. E no lugar das folhas vem um monte de raízes. 

A refeição de ontem foi assim. Eu tinha abodrinha italiana na geladeira que pedia para ser usada. A berinjela também. Já há alguns dias eu sonhava com uma berinjela fritinha, empanadinha huummm... Foi só pensar no molho vermelho e no frango empanadinho que a ideia se formou nesse macarrão inusitado e delicioso!

Ingredientes:
  • 250g de spaguetti
  • 1 xíc. de berinjela cortada em pedaços groceiramente
  • 1 xíc. abobrinha cortada em pedaços groceiramente
  • 200g de filézinho de peito de frango (sassami) cortado em pedaços grosseiramente
  • 1 xíc. de molho de tomate 
  • 50g de cogumelos champignon em metades ou em fatias
  • 1/2 xíc. de pimentão em cubos médios ou grandes
  • 1/2 cebola cortada em pétalas
  • 1 dente de alho picadinho
  • 1 folha de louro
  • farinha de arroz temperada para empanar
  • azeite
  • sal
  • óleo para fritar
1. Leve uma panela ao fogo com óleo suficiente para fazer fritura de submersão - pelo menos uns 3 dedos de óleo. 
2. Leve uma outra caçarola ao fogo com água para cozinhar o macarrão. Quando levantar fervura, coloque uma pitada de sal e um fio de óleo e o macarrão. Cozinhe até dar o ponto.
3. Passe o frango, a berinjela e a abóbora italiana na farinha de arroz temperada e frite. Deixe escorrer sobre papel toalha e reserve.
4. Em uma frigideira alta coloque um fio de azeite, alho e cebola e refoque até a cebola ficar macia, mas sem deixar o alho queimar. 
5. Acrescente o molho de tomate e deixe ferver. Adicione a folha de louro para ferver junto.
6. Junte o champignon, se necessário acrescente um pouco de água. Corrija o sal. 
7. Junte o frango, a berinjela e a abobrinha fritos e o pimentão. Misture bem, coloque uma pitada de orégano e junte ao macarrão já escorrido - e está prontinho para servir!


22 de maio de 2014

Olá, pessoal! desculpa a falta de atualizações, estive um tanto correndo de um lado para o outro como uma louca para resolver mil coisas... por que domingo foi meu aniversário! Bom, a última vez que pude colocar minha idade em cima do bolo com um 2 na frente (pois é... ano que vem é 30!) e como todo ano não poderia passar em branco. Fiz um bolinho aqui em casa, preparei um cuscuz lindo com todas as boas intenções de tirar foto, postar receita no blog e servir para os convidados... não deu tempo! rsrs Então prometo para vocês que depois eu faço outro (especialmente um com as medidas mais certinhas, nem tanto feito a olho) e posto por aqui!

A receitinha de hoje surgiu da noite para o dia - literalmente. Ontem passei no mercado e o repolho estava em promoção - de quase 5R$ cada estava por 0,90R$ o quilo... Não resisti e trouxe um para casa. O problema é, por mais que eu tenha procurado, não tinha um pequeno. Só tinha monstros! Peguei o menor que tinha, mas ainda assim voltei para casa com um sr. repolho - o negócio é HUGE, WHACKING HUGE, vocês não tem noção! Vou comer repolho por um mês, provavelmente... 

Então, voltando para casa, fui pensando... o que fazer com tudo isso? Daí me lembrei do filme Os Sabores do Palácio, que assisti esses dias... e a Hortense Labore servia um repolho recheado com salmão de dar água na boca... Hum, recheio, sim... isso soa bem! Mas devo confessar que não sou muito fã de charutos de repolho - e um dos fatores desse meu não gostar é por conta do arroz e de como a carne fica cozida com ele. Queria a carne um pouco mais soltinha, então resolvi fazer um recheio do meu jeito. E foi nessa delicinha que resultou!

Ingredientes (para 4 trouxinhas, mais ou menos):
  • 600g de carne (não usei carne moída, usei carne limpinha cortada em mini cubinhos)
  • 1 1/2 xíc. de molho de tomate
  • 1/2 cebola (metade em pétalas e metade em cubinhos)
  • 2 dentes de alho picadinhos
  • 2 ou 3 pedaços de funghi secchi 
  • 4 folhas de repolho (ou mais, dependendo do tamanho da folha)
  • 1 pão francês
  • curry
  • azeite
  • sal
  • orégano
  • vinagre
  • manteiga
  • gelo
1. Ferva uma xícara de água. Lave o cogumelo rapidamente com água de torneira, coloque em um recipiente e cubra com a água para hidratar. Reserve - o cogumelo e a água.
2. Refogue em azeite a metade em pétalas da cebola com metade do alho. Junte 1 xícara de molho de tomate e deixe ferver. Corte o funghi em pedacinhos, junte com a água ao molho de tomate e deixe ferver até reduzir. Acrescente o orégano, acerte o sal e reserve.
3. Ferva uns 2 litros de água. Quando levantar fervura, acrescente umas gotinhas de vinagre. Coloque uma folha de repolho e deixe ferver por 2 minutos. Retire e coloque em uma bacia com água gelada e o gelo, para dar choque térmico e parar o cozimento. Repita com as outras folhas. Reserve.
4. Doure o restante da cebola e do alho em azeite, acrescente a carne, salgue e adicione uma pitadinha de curry. Quando estiver quase totalmente cozida, acrescente o restante do molho de tomate e deixe ferver. Coloque um pouco de orégano, junte o pão picadinho (do mesmo tamanho da carne) e misture bem para que o pão amoleça com o molho. Reserve.
5. Unte um refratário com a manteiga, coloque uma fina camada de molho e pré-aqueça o forno.
6. Enrole as trouxinhas: eu retirei a parte mais grossa do talo do repolho. Abra a folha, coloque um pouco de recheio perto de onde estaria o talo, enrole uma ponta por cima, dobre as laterais sobre o recheio e termine de enrolar. Coloque no refratário. Depois de todas as trouxinhas prontas, cubra com o restante do molho e leve ao forno por uns 20 minutos. E está prontinho!


Humm... imagina só... arroz branco, uma taça de vinho... 


12 de maio de 2014

Esse foi mais uma receita que surgiu ao acaso, nada planejado. Simplesmente veio aquele estralo na mente e uma ideia se acendeu. Foi quando eu fazia um simples bolo, uma daquelas receitas básicas que todo mundo tem, com uma coberturinha de chocolate, que resolvi começar a jogar umas coisinhas mais. 

Eu tinha uma essência de rum novinha em folha - e queria testá-la. Simples assim.

A segunda parte do nascimento desse bolinho foi lembrar uma frase do livro Quem colocou o filé no Wellington, que já foi comentado no blog - dizem que o cozinheiro do Lorde Lamington criou um bolo que era um pão de ló passado no chocolate e no coco para servir aos convidados que se reuniam frequentemente na casa do Lorde para discussões políticas. Dizem também que o Lorde detestava o bolo (que tinha o seu nome) tão admirado pelos outros, e o chamada nada carinhosamente de "aquela droga de bolo felpudo". E ao dar minhas risadinhas sozinha na cozinha por causa da história toda (como uma pessoa nada normal, convenhamos...), pensei: coco! 

Rum e coco, por que não? 

Os cubanos devem fazer isso o tempo todo, sem falar na piña colada, que ainda leva abacaxi... E  o chocolate... dizem por aí que combina até com alguns pratos salgados, por que não um inocente bolinho fofo que leva o seu companheiro de loga data, o sr. coco? Eu só não tinha ideia que essa misturinha poderia ficar tão deliciosa! A primeira versão feita em um fim de tarde não durou o suficiente para dar tempo de tirar uma foto. 

Ingredientes:
  • 1 xíc. de farinha de trigo
  • 1/2 xíc. de açúcar
  • 1/2 xíc. de manteiga mais um pouco para untar
  • 2 ovos
  • 1 1/2 colher (chá) de essência de rum
  • 1/4 xíc. de coco ralado (eu preferi usar um que não seja adoçado, para não exagerar no açúcar) 
  • 1/4 xíc. de leite de coco
  • 150g de chocolate ao leite picadinho
  • 1/2 colher (sopa) de fermento químico
  • 3 colheres de creme de leite
  • coco em flocos suficiente para cobrir 
1. Pré-aqueça o forno.
2. Bata a manteiga e o açúcar até virar um creme. 
3. Desligue a batedeira e acrescente um ovo inteiro. Bata até o ovo virar um creme homogêneo. Acrescente o outro ovo, a essência e as 3 colheres de coco.
4. Peneire o fermento e a farinha juntos.
5. Tire o creme da batedeira e vá incorporando delicada e alternadamente um pouco da farinha e um pouco do leite de coco. Coloque em uma assadeira untada e leve ao forno até ficar douradinho.
6. Derreta o chocolate: leve ao microondas por 30 segundos, mexa, leve por mais 30 segundos, mexa bem, e repita a operação até estiver tudo derretido - quando estiver só com alguns pedacinhos ainda inteiros, mexa até derretê-los ao invés de levar novamente ao forno, para não correr o risco de queimar o chocolate. Acrescente o creme de leite e misture para formar a ganache.
7. Desenforme o bolo, cubra com o chocolate e polvilhe o coco em flocos por cima. O bolo fica ainda mais gostoso depois que a ganache esfriar e ficar mais durinha!



HUmm.. vai um pedacinho? Que tal um chá?


25 de abril de 2014

Para mim bolo de cenoura sempre fez parte daquelas delícias preparadas em casa pela minha mãe.  Ela nunca foi uma grande confeiteira (nunca viu esquecer do meu aniversário de 8 anos, com toda a criançada ao redor da mesa para cantar parabéns e ela tentando fazer o bolo ficar em pé...), mas os bolos simples que ela faz sempre foram maravilhosos.


Esses dias eu liguei para ela e passei uma missão: eu queria a receita daquele bolo de cenoura que ela fazia quando eu era criança.  Aquele cuja receita esta anotada no caderninho de receita da época que ela casou e quando eu era crianca já era pra lá de amerelado. Só tinha uns probleminhas: 1 - minha mãe adora jogar as coisas fora; 2 - ela jura de pés juntos que nunca fez coisas que quando crianças eu e minha irmã comíamos até enjoar e eram feitas por ela; e 3 - ela não se entende muito bem com computadores e desconfio que ela pensa que mensagem de celular é paga igual telégrafo, cobrada por letras e pontuação (só isso para explicar a falta de pontuação e conectores... e artigos, adjetivos, até mesmo verbos...). Resultado: ela me mandou por e-mail uma receita faltando açúcar e me ligou dois dias depois para me avisar que tinha esquecido do leite... Então era para eu mudar tudo, pois minha irmã tem alergia da proteína do leite (ou seja, nem produtos sem lactose resolvem no casa dela, não que isso a impeça de comer tudo o que quiser e depois ficar passando mal ou até de cama).

Ontem uma aluna minha levou uma bandejinha com bolo de cenoura para comermos durante o intervalo - mais que depressa já pedi a receita! Hoje mesmo já testei e fiz as devidas alterações: nada de farinha de trigo, que foi substituída por farinha de arroz, sem perda alguma no gosto ou textura. Nada de leite também, nem o de soja - muitas vezes o leite de soja não substitui o de origem animal, pois há alteração no gosto. Lembro que quando criança minha tia Dila (cozinheira maravilhosa!) fazia bolo de cenoura e falava para meus primos que era com ovo caipira, por isso a cor (eles não gostavam de cenoura... e nem percebiam o gosto no bolo rsrs) - com essa receita dá para enganar qualquer um, enjoado ou não, e dificilmente alguém perceberá que foi feito com farinha de arroz!


Ingredientes:
  • 2 cenouras grandes raladas
  • 3 xícaras de farinha de arroz (mais uma colher para untar)
  • 1 xícara de óleo
  • 5 ovos
  • 2 xícaras de açúcar cristal
  • 1 colher (sopa) de fermento químico em pó
  • margarina para untar

1. Bata os ovos inteiros no liquidificador. Depois acrescente o óleo e o açúcar e volte a bater. Reserve.
2. Misture a farinha e o fermento. Peneire essa misture sobre a massa batida e misture delicadamente.
3. Despeje em uma forma untada com a margarina e a farinha de arroz e leve ao forno pré-aquecido até dar o ponto e ficar douradinho: o palito/garfo deve sair seco ao ser espetado.

A fofura toda sem calda...

... e agora com aquela calda clássica de açúcar, achocolatado e margarina... hummm



8 de abril de 2014

Hoje eu trago mais uma resenha de livro. Esse foi um que me encantou primeiro pela capa, depois pela parte gráfica e, quando finalmente parei de babar na encadernação, o conteúdo foi algo que devorei páginas e mais páginas rapidamente.

O livro conta a historia - ou as versões encontradas - de 50 receitas (comidas e bebidas) famosas, seja para quem entende de gastronomia ou até mesmo quem só entende mesmo é de comer.

A linguagem é deliciosa, fácil e clara, mas sem perder o charme de quem está contando uma história - e informativa, leve e que atiça a curiosidade a cada prato. Não é preciso ser nenhum chef formado para se entender sobre o que se está falando, e é estimulante como você passa a conhecer um pouco das épocas,  da historia mundial, da evolução da cozinha e também alguns chefes tão famosos e importantes para a culinária mundial e produção de alimentos - e não falo apenas da haute cuisine - mas sobre os quais nós, pobres leigos, mal ouvimos falar - como Escoffier, Carême... Quem poderia imaginar que partiu de um chefe de cozinha durante o período de guerra a ideia de enlatar os alimentos como forma de preservá-los e facilitar a sua distribuição? Ou que uma atriz certa noite, com um estômago delicado, fosse inspiração para torradas? Ou que Napoleão estivesse por trás do Frango Marengo? Ou o papel de importantes e tradicionais hotéis como o Hitz, Savoy e Carlton para as culinárias francesa e mundial?

Além de maravilhosas e intrigantes histórias, o livro apresenta 50 receitas dos pratos apresentados, algumas originais, outras com a adaptação do autor (uma vez que certas receitas são até hoje mantidas em segredo). Até a nossa feijoada e o acarajé aparecem por lá, contanto histórias surpreendentes mesmo para nós brasileiros. Isso mostra que o autor foi a fundo na pesquisa, tanto na história quando na cultura. Para quem gosta de ler e gosta de culinária, esse é o livro perfeito!

O autor, James Winter, tem uma larga experiência na área de produção de TV e documentários e é apresentador do programa da BBC Saturday Kitchen, no qual convida inúmeros chefs para se apresentarem ao seu lado. Como escritor, esse é o seu segundo livro na área da culinária - e, caso os próximos sigam o mesmo estilo, poderemos contar com ótimos livros!


Vale a pena? SIM, SIM, SIM! Como eu já disse, para quem gosta de ler e de culinária é um livro perfeito - ótimo também para dar de presente. A parte do design e da fotografia é de babar, a qualidade do papel não fica nada  a desejar (gostei ainda mais dele ser fosco e grosso, e não aquele papel tipo fotografia). Capa dura, daquele bom e velho modelo em que as folhas são costuradas, e não coladas. O preço varia de 39,90 R$ a 59,90 R$.

Autor: James Winter / Editora: Melhoramentos / 192 pág. / Publicado no Brasil em 2013.







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